quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Parque Estadual do Ibitipoca - MG

PARQUE ESTADUAL DO IBITIPOCA - MG


Já tinha ouvido falar-se muito desse Parque, então fomos passar um feriado no Parque Estadual do Ibitipoca... Saímos cedo e percorremos 296 km até Conceição do Ibitipoca, vila onde fica entrada do parque (3 km dela), pertencente ao município de Lima Duarte... ;) 

O Parque foi criado em 4 de julho de 1973, está localizado na Zona da Mata Mineira, com uma área de 1488 hectares. A Unidade de Conservação localiza-se onde se dividem as bacias do Rio Grande e do Rio Paraíba do Sul. Possui rica fauna e flora, com lobo guará, quatis, onças pardas, bromélias, etc (Fonte: IEF - Instituto Estadual de Florestas).

Onde ficar: existem diversas pousadas na vila de Conceição de Ibitipoca e campings. Dentro do Parque também é possível acampar (30,00 reais/pessoa diária), porém é necessário reservar antes, pois tem limite de barracas.

Parque: a entrada do parque é paga (fim de semana/feriados = 20,00 reais, dias de semana = 10,00 reais), e estudante paga meia entrada. O parque é super organizado, com trilhas muito bem sinalizadas e cuidadas. O Parque é caracterizado pelas águas com cor de coca-cola, devido a elevada presença de matéria orgânica no solo, que aflora para as águas devido a porosidade e ao quartzito das rochas.

Existem 3 trajetos para trilhar: Circuito das Águas, Pico do Pião e Janela do Céu. 


  • No primeiro dia fizemos a trilha mais leve, a do Circuito das águas... A trilha é tranquila, uns 6 km de caminhada no total, começamos pelo restaurante em direção a prainha e depois subimos a Ponte de Pedra. Passando na volta pela Cachoeira dos Macacos e Lago das Miragens (nas fotos abaixo).
Placas muito bem conservadas sinalizando as atrações. 

Ponte de Pedra, na parte alta da foto, e na parte baixa o Lago das Miragens, a trilha faz parte do circuito das águas. 

As trilhas no parque são na maior parte assim, caminhando pela vegetação do Cerrado.
Pico do Gavião.
  • No segundo dia, fizemos o percurso mais longo do Parque, a Janela do Céu, 16 km aproximadamente no total... É longo, mais é tranquilo para quem está acostumado a fazer trilha, até porque vai parando nas atrações pelo caminho. A parte mais cansativa é a subida logo que se inicia a trilha. Voltamos pelo outro lado para conhecer outras atrações, como a Cachoeirinha. Conhecemos: Cruzeiro, Gruta da Cruz, Pico da Lombada, Gruta dos Fugitivos, Gruta Três Arcos. 
Visual do Cruzeiro... rsrsrsrs... mega nublado, fica pra próxima a foto com o visual!!!! ;)
Gruta da Cruz
Pico da Lombada... Muita neblina baixa de novo...
Gruta Três Arcos
Vista  por cima da Janela do Céu...

Cachoeirinha
Vista de cima da Cachoeirinha... Visual lindo!














  • No último dia no período da manhã antes de pegar estrada, fizemos a trilha ao contrário do dia anterior da janela do céu, pois como era tarde, não paramos em alguns lugares... Fomos na Ducha e Lago Negro, e depois ficamos um pouco na Prainha relaxando...




Ducha...


Lago Negro
   
Na próxima farei a Janela do Céu novamente o Pico do Pião, que ficou faltando. E espero  poder atualizar as fotos que estavam nubladas com um lindo céu azul, rsrsrs...

Dentro do Parque existe uma lanchonete, com comes e bebes, mas o melhor na minha opinião é o bolinho de aipim que tem lá, dos sabores frango, carne ou queijo, hummmmm... minha boca se enche de água só de lembrar... Depois da trilha aquele bolinho é tudo, bom demais.

Curiosidades: "Ibitipoca", do tupi-guarani, significa "serra que estoura" ou "estourada", pela alta incidência de raios ou grande número de grutas.

Natureza...







terça-feira, 2 de agosto de 2016

Paraísos em Paraty - RJ

CACHOEIRA DO SACO BRAVO


Voltando da chapada fui terminar o restinho das férias...
Em um lugar que há muito tempo estava planejando ir... A Cachoeira do Saco Bravo!!

Esta fica localizada na reserva Ecológica Estadual da Juatinga, e só pode ser acessada via trilha, de barco não é possível descer nela. Meu namorado e eu ficamos hospedados em Trindade, então para iniciar a trilha, fomos de carro até a Vila Oratório, onde se inicia a trilha para a praia do sono, e começamos nossa longa caminhada.
Como a placa indica, são 12 km de caminhada só de ida até a cachoeira, passando por 5 belíssimas praias. Iniciamos a trilha próximo das 9 da manhã, passando pela praia do Sono, praia dos Antigos, Galhetas e por volta de 12:00 estávamos na praia de Ponta Negra. Desta até a cachoeira são mais 4,2 km, uma das trilhas mais íngremes que já fiz, com subidas e descidas eternas, rsrs, de verdade. Tem que ficar bem atento (a) quando for iniciar a trilha para a cachoeira em Ponta Negra, tem uma placa no início e depois outra somente mais pra pra cima, nós erramos o caminho, pois como tem uma comunidade de pescadores existem várias trilhas de acesso as casas, com várias bifurcações, tivemos que voltar e perguntar, mas a dica é, quando tiver uma ponte, não a atravesse, pega a trilha a direita e siga, caso surja dúvida, pergunte. Depois de 1 hora e meia chegamos na cachu, uma paisagem única, o esforço é recompensado pelo visual.




Visual do alto da Cachu...
Olhem a transparência da água...
No retorno, o cansaço começou a bater, ao chegar na ponta negra decidimos que iríamos de barco até o sono (4 km a menos de trilha) e depois pegamos a trilha do sono de volta para vila oratório, onde estava estacionado nosso carro. No total andamos 20 km.

Nós estávamos na pegada de caminhar mesmo, mas também existe a opção de ir de barco da Vila Oratório até a praia de Ponta Negra, e iniciar a trilha de lá. Ou o que muita gente faz também, é dormir/acampar na Ponta Negra e acordar cedo para fazer a trilha da cachoeira. ;)

Este mapa mostra todo o trajeto que fizemos, desde a Vila Oratório, passando por todas as praias, até a Cachoeira do Saco Bravo.
Logo logo atualizarei esse post com os demais lugares maravilhosos que fazem parte dessa Reserva Ecológica... Qualquer dúvida ou comentário, fico a disposição e responderei o mais breve possível!

EM BREVE...
PRAIA DO SONO, ANTIGOS, ANTIGUINHOS, GALHETAS E PONTA NEGRA!!!


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Chapada dos Veadeiros - GO

Olá galerinha, venho aqui pra contar um pouco sobre esse lugar maravilhoso que sempre quis conhecer, a Chapada dos Veadeiros, em Goiás, um lugar excepcional, no meio do cerrado típico. Foi uma viagem toda programada, desde dezembro de 2015 já comecei a elaborar o roteiro e pesquisar tudo que fosse possível sobre a Chapada. Fomos num grupo de 4 pessoas, e em fevereiro já compramos as passagens de São Paulo-Guarulhos para Brasília, em torno de R$250,00 ida e volta, sem escalas. Ao chegar em Brasília, eu já havia feito uma reserva de um carro de aluguel, pela Localiza, é essencial ir a chapada com carro, apesar de ter vários grupos na net de caronas, achei fundamental alugar um carro para garantir nossa mobilidade, otimizando nossa estadia por lá o máximo possível para explorar as belezas da chapada.

Incluí no roteiro 3 locais de hospedagem: Cavalcante, Vila de São Jorge e Alto Paraíso.
Planilha de gastos da viagem, só lembrando que alguns itens no individual foram divididos por 4 pessoas.

CAVALCANTE


Dia 13/07: Fomos direto de Brasília para o município de Cavalcante, são aproximadamente umas 4 horas de carro, a estrada é boa até certo ponto, mais quando vai chegando próximo a Cavalcante vai ficando sem manutenção... Pegamos esse trecho no período noturno, acabamos nos perdendo um pouco, chegamos por volta de 23:00 em Cavalcante e começamos a procurar o Hostel que havia reservado, enfim, liguei para o dono do Hostel e pedi pra que ele ficasse na porta e finalmente achamos nosso cantinho para descansar depois de um dia cansativo de viagem... Pernoitamos no Hostel & Camping Cavalcante, que fica logo no início da entrada da cidade (tem uma placa indicando, rs), e quem tiver interesse o whatsapp para contato é (62) 9613-9413, (http://hostelcavalcante.com.br/). O local é rústico e bem aconchegante. 

Dia 14/07: Acordamos cedo para o primeiro passeio, cachoeira capivara e a tão esperada Cachoeira de Santa Bárbara, nesta a entrada é obrigatória com guia e fica dentro da comunidade quilombola do Engenho. Fechamos com o dono do Hostel, para que nos guiasse, pagamos 20 reais de guia e para entrar é preciso pagar uma taxa na comunidade de 20 reais também... Após uns 30 km de estrada de terra, chegamos primeiro na Cachoeira da Capivara, uma trilha tranquila, até a cachoeira de águas claras e geladas.

Cachoeira Capivara
Depois seguimos para a Cachoeira de Santa Bárbara, que pode ser feita a pé, por uma estrada, ou por uma camionete dos locais, que chamam de 'pau de arara', 5 reais por trecho. Resolvemos ir andando na ida, um trajeto longo arenoso com Sol na cabeça o tempo todo (2.5 km), foi exaustivo, e na volta pegamos o transporte. A Cachoeira de Santa Bárbara é aquele lugar que você chega e não sabe se é um sonho ou não, o lugar é indescritivelmente lindo, primeiro passamos pela cachoeira de Santa Barbarinha, um poço menor e com águas calmas e azuis como a cor do céu... Depois continuamos a trilha para chegar a famosa Cachoeira, acredito que seja uma das mais visitadas na chapada, tem limite de pessoas para entrar, a água é um tom de azul turquesa e temperatura ideal para nadar.

A linda... Cachoeira Santa Bárbara

VILA DE SÃO JORGE


Voltando do passeio, passamos no hostel, pegamos nossas mochilas e rumamos direto para São Jorge, 1 hora e meia de carro. Ao chegar, seguimos para o Hostel & Camping Casa da Sucupira, um lugar delicioso, fomos recebidos muito bem pelo casal Nina e Dyogo, whatsapp para contato é (61) 9959-6533. Neste Hostel havia um café da manhã, que só de lembrar me dá água na boca, a Nina preparava todos os dias pão de abóbora e de batata fresquinhos, além de frutas, suco natural e laticínios, tudo de bom. Demos uma volta na Vila e depois descansamos para o próximo dia de trilha. ;)

Dia 15/07: Hoje foi dia de conhecer a Cachoeira do Segredo, pagamos 35 reais para entrar e seguimos de carro por uma estrada de terra estreita, que só passa um carro e é radical, tem alguns trechos de subida com terra solta e que tem que engatar a primeira e ir, foi um caos porque tinha uma ecosport travada na minha frente, tive de passar por ele e ensinar como se faz, hahaha (brincadeira!!!), também é preciso passar por 4 rios com o carro, que só é possível nessa época de seca, até chegar ao estacionamento para deixar o carro e pegar a trilha. A trilha é tranquila, uns 40 minutos, no meio da mata beirando o rio. Ao chegarmos na cachoeira não acreditamos, que lugar, uma queda de 150 metros de altura no meio de um cânion. Vale muito esse passeio! Fica a dica: é bom levar uma toalha e blusa de manga comprida, pois não bate Sol, e a água é bem gelada, ao sair fiquei alguns minutos batendo queixo até esquentar...
Chegando na Cachoeira do Segredo... 
Voltamos e fomos conhecer o Vale da Lua, uma trilha bem leve, de uns 800 metros até o vale, pagamos 20 reais cada uma. As formações rochosas realmente lembram crateras da lua, é bem diferente de tudo que já vi. O lugar é limitado para acesso num pequeno trecho por cordas, recomendo ir com um guia, se quiser ficar mais a vontade, pois com guia você pode sair daquelas limitações e explorar o lugar, sem horário pra ir embora (as 17:00, se não me engano, vieram 'guardinhas' apitando mandando que todos se retirassem do local). Tem umas crateras submersas que é possível passar por dentro, bem massa. Queria muito ter visto o pôr do Sol de lá... Da próxima vez, com certeza irei com guia!
Crateras do Vale da Lua... 

Dia 16/07: Neste dia o passeio foi dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, fomos para Trilha dos Saltos I e II e corredeiras. A entrada é gratuita e é bom chegar cedo, pois é limitado o número de entrada de pessoas. A trilha para os saltos é considerada pesada, por ter trechos de subida na volta, são 9 km no total, ida e volta. O visual do Salto I é lindo, rende belas fotos da paisagem. Já no Salto II é possível entrar na água para se refrescar. Na volta, passamos pelas corredeiras, que é muito visitado para relaxar o corpo com banhos de hidromassagem nas suas quedas, demos uma breve apreciada e já retornamos, para ir até o encontro de culturas.
Vista da Cachoeira Salto do Rio Preto (Salto I) com cerca de 120 metros de queda.
Vista Salto II (cerca de 80 metros de queda)...

O encontro de culturas ocorre todos os anos na Chapada dos Veadeiros, em São Jorge. Pelo que entendi, aldeias multiétnicas de todo Brasil se concentram numa aldeia em São Jorge, onde é possível fazer vivência ou apenas passar o dia e ver as celebrações indígenas, também vendem artefatos típicos. Depois dessa concentração, o evento passa a ser na própria vila (nós fomos embora antes de irem pra vila, fomos somente na aldeia).

Dia 17/07: O passeio hoje também foi dentro do parque, fizemos a trilha dos Cânions e Carioquinhas (uns 10 km ida e volta). Mais um lugar top, com um cânion enorme e de águas bem profundas (uns 25m), sendo possível dar uns pulos pra quem curti. A Cachoeira das Carioquinhas, é uma continuação do cânion, tem dois poços enormes com quedas de água, muito lindo também, vale super a pena.
Na volta da cachoeira, organizamos nossas coisas e fomos para a cidade de Alto Paraíso (uns 25 minutos de São Jorge), no caminho almoçamos no Rancho do Waldomiro, que tem licores típicos da região, como o de Buriti, Pequi, Araticum, entre outros, e uma comida forte típica também, a famosa matula com abóbora e paçoca de carne de sol (25,00 reais um prato bem servido).
Cânions...
  
Renovando energias nas Carioquinhas...

ALTO PARAÍSO


Em Alto Paraíso ficamos hospedados no Buddy's hostel (http://www.buddysalto.com/), fiz reserva pelo www.booking.com.br, que delícia de hostel, tudo bem limpinho, uma área em comum muito aconchegante, com redes.

Queda na catarata dos couros...

Dia 18/07: Penúltimo dia de trilha, depois de 30 km de estrada de terra e uma trilha de uns 20 minutinhos, chegamos na surpreendente Cataratas dos Couros, superou minhas expectativas pela imensidão e pelo complexo de quedas que se formam, até chegar no maior cânion da Chapada. Já havia fechado esse passeio com um guia muito bem recomendado, que inclusive me ajudou a fazer o roteiro, quem tiver interesse segue whatsapp para contato (62) 99678-3206 - River Mello. Pagamos cada uma 5 reais para estacionamento.
Belo arco íris para apreciar...
Poção antes do cânion que dava pra pular... 9 metros de queda...

Dia 19/07: Último dia no paraíso, a viagem está acabando, e o cansaço batendo com tantos dias de trilhas consecutivos, novamente havíamos reservado o dia com o guia, que nos levou a Cachoeira dos Macaquinhos. Na caminho paramos num mirante, para contemplar o belo visual do cerrado e seguimos para Cachoeira, na entrada era cobrado uma taxa de 20 reais por pessoa. Na volta a trilha tem bastante subida, mas dá pra ir parando e se refrescando nas quedas ao longo do percurso. A mais bonita na minha opinião foi a última, que é a Cachoeira do Encontro, na qual se encontram dois rios, o rio Macaquinhos e o rio Fundão, formando um bela queda e com sorte um lindo arco íris. O retorno pela estrada de terra dessa cachoeira foi tenso, rsrs, o guia que foi dirigindo, tem uma subida bem longa e inclinada, com muita terra solta que vai deslizando, só conseguimos subir na segunda tentativa e depois de todas descerem do carro... Ufa... Adoro esse tipo de aventura, rsrs!
Na volta, banho, janta e cama, afinal no dia seguinte era dia de madrugar e pegar estrada até Brasília.


Ah flores... Caliandra do cerrado, Calliandra dysantha.
Cachoeira do Encontro
Saltando na Cachoeira dos Macaquinhos... :D

Dia 20/07: Saímos 4:30 da madrugada de Alto Paraíso e batemos direto até Brasília, em 3 horas estávamos lá, pegamos um acidente com congestionamento de uns 22 km, bateu uma tensão, pois ainda era preciso lavar o carro antes de entregar na locadora, que estava um pó só. Foi corrido, mas deu tempo de chegarmos na locadora e aeroporto há tempo. Hora de voltar pra casa. ;)



Dicas:
  • nas trilhas é importante sempre abastecer a garrafa de água quando possível, o clima é bem seco e quente; 
  • um tênis confortável para as trilhas é suficiente; 
  • lembrar do protetor solar também;
  • para as trilhas sempre levávamos lanches, como frutas, queijo, bolos, amendoins;
  • não tem banco em São Jorge, mas vários lugares aceitam cartão. Em Alto Paraíso tem Banco do Brasil e Itaú.

Restaurantes que comemos em São Jorge:
  • Papalua (crepes, panquecas, caldos e pizza, muito bom, bem servido e preço médio de 25,00);
  • Pizzaria Lua Nova (neste dia ostentamos um pouco, a pizza é um preço razoável, mas é muito saborosa);
  • Restaurante Buritis (dá pra dividir a refeição até em 3 pessoas, 50 reais a refeição; e também servem massa que pode repetir até duas vezes), muito boa a comida.
E em Alto Paraíso:
  • Jantinha do Xaropinho (um prato servido com espeto de churrasco a sua escolha, vinagrete, arroz, tutu a mineira e mandioca, só 15 conto).
FLORES DO CERRADO

Capim-estrela
Chuveirinho
Quaresmeirinha
Flor da mimosa
Me encantei por essa árvore... Mimosa no nome e aparência.
Tipo de bromélia